Valorização da história e turismo: Prefeitura inaugura novo Parque da Mina com Centro de Memória

O prefeito em exercício, Angelin Lorenção, inaugurou, na manhã deste sábado (6), em Itupeva, o novo Parque da Mina, que abriga o Centro de Memória do Parque da Mina.

O novo equipamento público está localizado nas ruínas da Mina do Inhandjara, na rua Vereador Nilson Maron, 1.350, no bairro da Mina, e também vai sediar a Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento.

Durante a solenidade o prefeito em exercício destacou a importância desta novidade para o município. "O Centro de Memória do Parque da Mina representa uma grande conquista para Itupeva, que recebe, a cada semana, grande número de turistas, que visitam a cidade para fazer compras no comércio e empreendimentos, conhecem pontos turísticos e a área rural de Itupeva, se deliciam com as opções gastronômicas, percorrem as rotas do cicloturismo, entre outros atrativos da cidade. Portanto, essa é uma novidade que traz relevância para o segmento, colaborando diretamente para o desenvolvimento de Itupeva", afirmou. “Também é um local que trata da história do nosso município e que precisa ser preservado”, completou.

Ao lado do chefe do Executivo Municipal, a secretária de Turismo e Desenvolvimento, Rita Bonequini, também enfatizou que o Centro de Memória do Parque da Mina é um tesouro cultural que tem o propósito de resgatar a rica herança da região, oferecendo aos moradores e visitantes uma imersão única na história local. Ela ainda ressaltou que o centro, além de ser um espaço de lazer e aprendizado, também se torna um ponto de encontro, promovendo o senso de comunidade. "Com a preservação do patrimônio histórico, o turismo local é impulsionado, atraindo visitantes interessados em vivenciar o passado da cidade. Esse fluxo turístico não apenas gera receita, mas também estimula o desenvolvimento econômico sustentável, criando oportunidades de negócios e fortalecendo a identidade cultural da comunidade", explicou.

Detalhes da concepção do projeto

O Parque da Mina, assim como o Centro de Memória, representam não apenas o resgate e a valorização das ruínas da antiga mina de tungstênio, mas também o compromisso com a comunidade e com o desenvolvimento turístico local.

O projeto visa resgatar a história local com a participação da comunidade ao mesmo tempo em que cria um espaço moderno e acolhedor para todos. As ruínas da antiga mina foram preservadas e integradas ao design paisagístico do parque, proporcionando uma experiência de contemplação aos visitantes.

O início desse planejamento se deu em 2017, com o apoio do Executivo e do Legislativo, além do Conselho Municipal de Turismo – COMTUR e da Embu S/A, que, através de uma contrapartida, realizou o Plano Diretor do Parque da Mina.

Investimentos

Para construção deste novo equipamento público foram investidos cerca de R$ 1.140.000,00, sendo que, deste total, R$ 615 mil são oriundos de convênio entre o município e a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo e o restante é fruto de recurso próprio da cidade.

O Centro de Memória do Parque da Mina conta com área total construída de 254,75 m², com espaço multiuso para exposições, bicicletário, área para prática de capoeira, sanitários acessíveis e toda infraestrutura necessária para o melhor atendimento ao turista.

Este convênio com o Estado somente foi possível graças à classificação de Itupeva como Município de Interesse Turístico – MIT, em 2017. A partir disso, outros projetos já foram aprovados e estão em andamento junto ao Estado através do MIT, como a “Revitalização e Acesso às Ruínas da Mina”, além da “Revitalização do Entorno da Antiga Estação do Quilombo”.

Plano Diretor de Turismo de Itupeva

Além da inauguração, a ocasião foi marcada pela entrega do Plano Diretor de Turismo de Itupeva, um documento estratégico que delineia os caminhos para impulsionar o turismo de maneira sustentável, destacando os recursos turísticos do município.

Para quem tiver interesse em participar, foi prorrogado o Chamamento Público nº 014/2023, até dia 31/01/2024, para contribuir com o Resgate Histórico da Mina de Tungstênio. Mais informações através do site da Prefeitura: www.itupeva.sp.gov.br.

Curiosidades

O que é o tungstênio?

Segundo Michaelis, o Tungstênio é um “elemento químico branco tirante a cinza, duro, de número atômico 74, peso atômico 183,85, usado na fabricação de filamentos de lâmpadas incandescentes, em elétrodos, aviões, foguetes espaciais etc.; volfrâmio, wolfrâmio. Símbolo: W” (Melhoramentos, 2015).

Operação da Mina Inhandjara

Em 26 de março de 1941, o então presidente Getúlio Vargas, através do Decreto nº 6.984/1941, autorizou o cidadão brasileiro Oswaldo Sampaio a pesquisar tungstênio e associados no município de Jundiaí, do Estado de São Paulo, numa área de quatrocentos e vinte e cinco hectares (425 Ha) - situada na "Fazenda Inhandjara". Naquele ano, Itupeva ainda era apenas um bairro de Jundiaí. Estima-se que essas atividades perduraram até meados de 1960.

Origem do termo “Inhandjara”

De acordo com o Pequeno Vocabulário Tupi-Português, de Pe. A. Lemos Barbosa (1961), o termo “Nhandé Jara” significa “Nosso Senhor”.

Serviço

O Centro de Memória do Parque da Mina estará aberto para visitação gratuita a partir do dia 8 de janeiro e funcionará de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Sábados, domingos e feriados, das 7 às 16 horas.

Saiba mais

A inauguração do novo equipamento público de Itupeva foi prestigiada pelos secretários municipais, Éder Junior da Silva (Governo), Robinson Toledo (Esportes e Lazer) e Rosângela Aparecida Veronezze Alves da Silva (Educação), bem como a presidente do COMTUR, Claudiana Pereira - ao lado de membros do conselho - além da presidente da ACE de Itupeva, Ana Lúcia Tonoli, os representantes da empresa Embu S/A, Vicente Ceretti e Adriano Bueno e o vereador João Bosco, que doou uma imagem de Santa Bárbara para o Centro de Memória, que tinha como dona a saudosa moradora do bairro da Mina, a conhecida Cícera.